domingo, 16 de novembro de 2014

ROSINHA, CLARISSA E GAROTINHO
ACUSADOS DE ABUSO DE PODER
A prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho, o deputado federal Anthony Garotinho, a deputada estadual Clarissa Garotinho (eleita deputada federal) e o subsecretário-geral de Campos, Ângelo Rafael, são acusados pela Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE/RJ) pela montagem de um esquema na Prefeitura para beneficiar coligados no Partido da República (PR) nas eleições de 2014.
Também respondem à ação o tesoureiro do PR, Carlos Carneiro Neto; o proprietário da Edafo Construções, Paulo Siqueira; o presidente do Fundo de Desenvolvimento de Campos, Otávio Carvalho; e o funcionário terceirizado da prefeitura de Campos, Sandro de Oliveira.
Na ação, a procuradora regional eleitoral substituta Adriana Farias relata que um galpão da empresa Edafo, contratada da Prefeitura, foi usado para guardar material de campanha e automóveis para distribui-lo. Apreensões realizadas por fiscais do TRE em agosto constataram as irregularidades no local. Na ocasião, foi apresentado um documento que forjou a locação do galpão – também usado nas eleições de 2012 para a campanha de Rosinha Garotinho – que teria sido elaborado na Prefeitura.
“Os investigados que ostentam cargos públicos em Campos não desperdiçaram esforços para, utilizando-se da máquina administrativa, contribuir eficazmente à campanha política dos coligados ao Partido da República, em especial aos investigados Anthony Garotinho e Clarissa Garotinho, no mesmo modo de agir engendrado nas eleições de 2012, em favor de Rosinha Garotinho”, afirma a procuradora.
Além de abuso de poder político e econômico, os réus vão responder por conduta vedada pelo envolvimento de servidores e empregados da administração pública no esquema. Se condenados, os acusados podem ficar inelegíveis por oito anos e o diploma de Clarissa Garotinho pode ser cassado.
Uso indevido dos meios de comunicação – Em outra ação de investigação judicial eleitoral, Anthony Garotinho, o vereador Márcio Garcia, que concorreu como vice-governador, e Roberto Silveira, responsável pelo jornal Povo do Rio, respondem pelo uso indevido dos meios de comunicação. A publicação foi distribuída gratuitamente nos arredores do Rio de Janeiro com notícias que enalteciam Garotinho e criticavam o atual governo do estado. No parque gráfico do jornal, foram encontrados panfletos e santinhos que serviriam para campanha. “É notório que as matérias no jornal ultrapassam o caráter meramente informativo, sugerindo ao eleitor em quem votar”, sustenta o procurador regional eleitoral Paulo Roberto Bérenger. Nesse caso, a pena também é a inelegibilidade por oito anos e a cassação de diploma.

►AVENIDA PAULISTA CONTRA DILMA
Entre 5 mil e 6 mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), concentraram-se neste sábado (15) em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) onde fecharam todos os sentidos da Avenida Paulista. Eles pediram o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A manifestação foi acompanhada por mais de 500 policiais militares.
Em sua maioria, os manifestantes vestiram camisas nas cores verde e amarelo e seguravam bandeiras do Brasil gritando “fora PT”. A maior parte deles fez uma caminhada pela Avenida Paulista em direção à Praça da Sé.
Cinco trios elétricos foram parados em frente ao Masp e dividiram os manifestantes. Em minoria, alguns manifestantes defenderam a ditadura militar e, em outro grupo, pessoas que se manifestaram contra a ditadura e defendiam a democracia. No entanto, esse grupo que reuniu a maioria dos manifestantes, pediu a anulação das eleições.
O representante da Liga Cristã Mundial, padre Carlos Maria de Aguiar, iniciou o ato, de cima de um dos trios elétricos, pedindo o impeachment de Dilma porque, segundo ele, os brasileiros foram “roubados e vilipendiados”. O padre também declarou ser contra a ditadura dos gays. “O movimento LGBT está querendo impor ao Brasil uma demonização do cristianismo, do catolicismo e dos religiosos em geral. Mas nós, queremos que cada pessoa seja respeitada”, disse, depois, em entrevista.
Em cima do trio e vestindo uma camisa da Seleção Brasileira de Futebol o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) defendeu a saída de Dilma da Presidência. “O que nos move aqui é o desgoverno do PT, os diversos escândalos e o investimento do Brasil em Cuba. Essas condutas deixam o povo indignado”, disse. Bolsonaro acrescentou as denúncias de corrupção na Petrobras como outro fato que deixa a sociedade "indignada”.
Em entrevista, o deputado eleito, que compareceu armado na primeira manifestação contra o governo de Dilma, na capital paulista, disse que hoje, não portava sua arma. “Tenho amigos fazendo a minha segurança aqui e decidi não vir armado”.
Perguntado por que participou da primeira manifestação portando arma de fogo, ele respondeu que é policial. “A conduta normal de um policial é andar armado mesmo fora de serviço”. Sobre a divisão dos manifestantes entre os que apoiavam o impeachment e os que defenderam o golpe militar, o deputado disse que há uma “coisa em comum” que é ser contra o governo de Dilma e do PT. “Mas somos democráticos e há espaço para todos. Se alguém pede a intervenção não há problema, desde que seja contra o governo”, completou.
Procurada pela Agência Brasil, a assessoria da Presidência da República informou que não comentaria as manifestações.

►CARDOZO GARANTE: “DUELA A QUEM DUELA”
Um dia após a deflagração da sétima fase da Operação Lava Jato, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo resolveu incorporar o “Giovani Improta”, da nova “Senhora do Destino”, personagem inesquecível de José Wilker.  De acordo com o Ministro da Justiça, a quem a Polícia Federal é subordinada, as investigações da Lava Jato “vão continuar doa a quem doer”, sendo o político do governo ou da oposição. “Tudo precisa ser investigado pouco importando cor político- partidária”, acrescentou.
As declarações foram dadas durante uma entrevista na sede da Presidência da República em São Paulo, Cardpzo disse que a Petrobras “não pode e não vai parar”, apesar do escândalo de corrupção que envolve a empresa. “Se por um lado as investigações tem que prosseguir, de outro lado, a Petrobras não pode parar”, disse o ministro.
Ele ressaltou que conversará com a presidenta da empresa, Graça Foster, para que "se tenha clareza" sobre a forma como o governo atuará com relação aos contratos firmados entre a Petrobras e as empresas envolvidas na investigação de corrupção. “A Petrobras não parará, continuará atuando e a lei será respeitada. A melhor defesa que precisamos fazer da Petrobras, que é uma empresa vital para o país, é investigar os fatos, apurar as ocorrências e punir pessoas”.
Eduardo Cardozo disse que informou a presidenta Dilma Rousseff, que está na Austrália, sobre a operação. “Passei os dados à presidenta Dilma. Ela está ciente das investigações. No momento em que pude ter acesso, por força do sigilo, aos dados, eu repassei a ela e ela transmitiu o que estou dizendo: peça à Polícia Federal que prossiga com firmeza na apuração das irregularidades e que proceda com lisura e imparcialidade nas investigações e zele para que tudo seja esclarecido'”, esclareceu.
Cardozo disse que a investigação atinge, também, políticos de partidos de oposição ao governo e que, independentemente do partido, todos serão investigados. “Essa acusação contra políticos sejam da base aliada ou da oposição tem que ser apurada. Se as pessoas estão envolvidas, precisam ser punidas”.
Durante a entrevista, o ministro atualizou as informações sobre a Operação Lava Jato. Segundo ele, 49 mandados de busca e apreensão, determinados pela Justiça, foram executados sem nenhum incidente. Das nove conduções coercitivas determinadas pela Justiça, seis foram cumpridas e outras três estão pendentes de cumprimento.

► EX-PREFEITO VAI DEVOLVER R$ 500 MIL
O ex-prefeito do município de Mendes Ricardo Ramalho Mello terá que devolver aos cofres públicos o valor de R$ 500.089,78 (correspondente a 196.321,5073 Ufir-RJ) por irregularidades na execução de parte de convênio celebrado com o Governo do Estado, através da extinta Secretaria de Estado de Integração Governamental (SEIG), em março de 2004, para a realização de várias obras, dentre as quais de infraestrutura e pavimentação de uma estrada, no valor de R$ 1.052.631,56. A decisão do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) foi tomada na sessão plenária desta terça-feira (11), seguindo voto do relator do processo, conselheiro José Gomes Graciosa.
As irregularidades foram identificadas em Tomada de Contas instaurada pela Secretaria de Estado de Obras (Seobras), com a finalidade de apurar a execução do Plano de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios (Padem). O convênio previa cooperação técnica e financeira para aquisição de bens, equipamentos, execução de obras serviços de infraestrutura e pavimentação da Estrada Prefeito Rubens José de Macedo, além de construção de redes de drenagem, esgoto sanitário, água potável e edificações, pelo prazo de dez meses, no valor de R$ 1.052.631,56.
De acordo com o relatório, as obras, iniciadas em 2004, sofreram diversas interrupções e sucessivas prorrogações de prazo, sendo concluídas com recursos próprios do município no final do exercício de 2008. Os repasses a cargo da extinta SEIG, que em princípio previam dez parcelas, somando o valor de R$ 1 milhão, à época, na prática não passaram de três parcelas, no valor de 100 mil cada uma. Duas parcelas foram repassadas na gestão do então prefeito Ricardo Ramalho Mello (2004) e uma na gestão de Rogério Riente, que apresentou denúncia sobre irregularidades nas obras realizadas sob a responsabilidade de Ricardo Ramalho.
Segundo o denunciante, a única parcela recebida em sua gestão foi destinada ao pagamento de dívidas reconhecidas com os fornecedores envolvidos nas obras até então executadas. Entre as irregularidades identificadas, destacam-se: pagamentos de serviços e aquisições atestados por funcionários, mas não localizados, como máquina de pintura de faixa, entre outros itens; serviços previstos e não realizados na Estrada Prefeito Rubens José de Macedo, além de pavimentação de trechos com várias deformações, trincas e buracos; prestação de contas apresentadas pela administração municipal apresentando diversas irregularidades, entre outros.

►PARTICIPAÇÃO POPULAR NO PLANO DIRETOR
Representantes das Promotorias de Tutela da Cidadania, de Meio Ambiente e do Consumidor de Niterói participaram de Audiência Pública, na última segunda-feira (3), que tratou da revisão do Plano Diretor da cidade, lei que definirá o futuro do trânsito e a expansão imobiliária em Niterói. As Promotorias pedem à população que continue participando das discussões sobre o tema, seja nas reuniões do Conselho Municipal de Política Urbana (compur) ou por meio da pesquisa de iniciativa da UFRJ.
A cidade vem apresentando significativo aumento no número de edifícios e automóveis em circulação. Licenciamentos para novas obras estão, inclusive, proibidos em alguns bairros em razão de ações do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Tramita também na Justiça Ação Civil Pública (ACP) cobrando a elaboração do novo plano diretor.
Na audiência esteve presente, representando a Prefeitura, o secretário municipal de Meio Ambiente, Daniel Marques. Ele confirmou que o plano diretor já está em debate no Conselho Municipal de Política Urbana e, ainda, que a Fundação Getúlio Vargas teria sido contratada para auxiliar o Município na elaboração do Projeto de Lei do Plano Diretor. O secretário, no entanto, não soube informar se a contratação foi precedida de licitação, o que está sendo investigado pela Promotoria de Cidadania de Niterói, em inquérito civil no qual já foram requisitadas informações ao Município e também à Fundação Getúlio Vargas.
Caso se confirme a contratação sem licitação, poderá ser proposta uma ação em face do Município e da Fundação Getúlio Vargas, pois não é o caso de dispensa nem de inexigibilidade, uma vez que a Fundação Getúlio Vargas não seria a única instituição habilitada a fazer este diagnóstico, como prova a iniciativa da UFRJ que, através da internet (http://goo.gl/forms/e56ufpH7Sj), está pesquisando a vontade dos niteroienses.

►MP PEDE CASSAÇÃO DE DEPUTADA
A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE/RJ) representou contra a vice-prefeita de São Gonçalo, Mariangela Dias Valviesse de Oliveira, por conduta vedada no período eleitoral. Quatro dias antes do 1º turno, a então candidata a deputada federal teria participado da inauguração da Clínica Municipal Gonçalense, no bairro do Mutondo, prática proibida pela Lei das Eleições (Lei 9.504/97). A PRE pede ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que declare a inelegibilidade de Mariangela por oito anos, casse seu diploma e cobre a respectiva multa.
A vedação de certas condutas no período eleitoral visa coibir o uso da máquina administrativa em benefício de determinada candidatura, impedindo a utilização de eventos da administração pública como palanques. Na ação, o procurador regional eleitoral Paulo Roberto Bérenger ressalta que é irrelevante se o candidato compareceu à inauguração apenas como espectador, misturado ao povo ou em área reservada às autoridades. “Não importa, para caracterização da conduta ilícita em questão, a participação de destaque do candidato na inauguração da obra, como uso da palavra ou discurso”, afirma Bérenger. “Apenas a sua presença no local já configura conduta vedada.” Ele ainda argumenta que a irregularidade constatada pode interferir no equilíbrio do pleito, porque favorece a candidata em detrimento dos demais que não participaram de inaugurações de obras públicas em período vetado.
De acordo com a legislação eleitoral, também não faz diferença se o candidato exerce ou já exerceu algum cargo na administração pública ou é titular de mandato eletivo. A norma vale para todos os que estão disputando o pleito. No caso de Mariangela, mesmo que seja vice-prefeita, ela não poderia ter comparecido ao evento, já que a prefeitura não pode ser colocada a serviço de candidaturas no processo eleitoral. (Com Assessoria de Comunicação/PRRRJ

►PRE/RJ MOVE AÇÃO CONTRA JORNAIS
Em ação proposta junto ao Tribunal Regional Eleitoral, os jornais Dia a Dia e ABC Diário são acusados de promover indevidamente as candidaturas dos deputados estaduais eleitos Thiago Pampolha (PTC) e André Ceciliano (PT), do deputado federal eleito Felipe Bornier (PSD), e de Abelardinho (SD) e Dr. Marquinho (PT), eleitos suplentes de deputado estadual. Pela irregularidade, as diretoras-gerais dos dois jornais – Maria Lúcia Conceição e Yasmina Barros – e os cinco candidatos respondem a uma ação por uso indevido dos meios de comunicação proposta pela Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro (PRE/RJ). A ação de investigação judicial eleitoral, assinada pelo procurador regional eleitoral Paulo Roberto Bérenger, sustenta que os jornais Dia a Dia e ABC Diário veicularam excessivas matérias para exaltar a atuação dos réus. “As matérias veiculadas no jornal ultrapassaram o caráter meramente informativo, por darem espaço demasiado a esses políticos com o objetivo nítido de enaltecê-los”, afirma o procurador. Os jornais eram vendidos por R$ 0,49, mas depois foram distribuídos gratuitamente em Seropédica e Itaguaí (RJ). Se condenados, os acusados podem ficar inelegíveis por oito anos e os candidatos eleitos podem ser impedidos de exercer o cargo.

►ABUSO SEXUAL EM HOSPITAL DA BAIXADA
O Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde da Região Metropolitana I, instaurou, quinta-feira (13/11), inquérito civil para apurar responsabilidades pela prática de ato de improbidade administrativa por parte de dois diretores do Hospital Municipal Jorge Júlio Costa dos Santos (Hospital do Joca), em Belford Roxo.
De acordo com a portaria de instauração, os diretores teriam deixado de registrar crime de violência sexual contra uma das pacientes psiquiátricas internadas no hospital, ocorrido em 25 de outubro deste ano, mesmo tendo tido conhecimento dos fatos, e nem teriam comunicado à polícia ou instaurado procedimento interno para apuração dos fatos. Ainda segundo o documento, o diretor médico também não teria adotado protocolo de atendimento para casos de violência sexual.
O MPRJ encaminhou expediente ao prefeito de Belford Roxo, entregue no último dia 10. O crime de estupro está sendo apurado pela 54ª DP a partir do registro de ocorrência nº 054-09024/2014.

►EDUCAÇÃO EM DEBATE EM CAXIAS
Profissionais de educação, autoridades e cidadãos de Duque de Caxias (RJ) foram convocados pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) para um debate amplo e franco sobre a qualidade da educação básica na cidade. A audiência pública, que abre o projeto Ministério Público pela Educação (MPEduc) à participação dos caxienses, será nesta segunda-feira (17), às 9h, no Teatro Municipal Raul Cortez (Praça do Pacificador, s/n).

A expectativa do MPF e MP-RJ é debater problemas e soluções para a educação pública local. Duque de Caxias registrou notas muito baixas no Índice da Educação Básica (Ideb 2013): 3,3 nos anos finais e 4,4 nos anos iniciais, sendo o ideal de, no mínimo, 6 (escala de 0 a 10). Outro indicador crítico apurado pelo MPF é que apenas 30 das 230 escolas municipais são acessíveis a pessoas com deficiência.
A falta d'água e a insegurança nas escolas estão entre os maiores problemas, de acordo com depoimentos de membros de conselhos sociais (Conselho Tutelar, Cons. Municipal de Educação, Cons. de Alimentação Escolar e Cons. de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb). O procurador da República Eduardo El Hage e a promotora de Justiça Elayne Christina Rodrigues, responsáveis pelo MPEduc em Duque de Caxias, também já se reuniram com dirigentes da Cedae e autoridades policiais para debater aqueles desafios.
"O objetivo da audiência pública é estabelecer um diálogo coma sociedade civil e o poder público para identificar os motivos do baixo Ideb do Município, a fim de solucioná-los”, afirma o procurador da República Eduardo El Hage.

►OS 10 ANOS DO SAMU EM CAXIAS
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) está comemorando 10 anos de atividades em Duque de Caxias. Para celebrar a data, e ressaltar a importância de tal ferramenta para a melhoria da saúde no município, a secretaria municipal de Saúde, através do Núcleo de Educação em Urgência (NEUR) do SAMU de Caxias, em parceria com a Universidade UNIGRANRIO (Escola de Ciências da Saúde), promoveu nesta quinta-feira (13/), o “Simpósio de Urgência e Emergência de Duque de Caxias: 10 anos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência”, no Hospital Municipal Moacyr do Carmo.
O evento foi destinado a profissionais e estudantes de saúde, e contou com a participação de técnicos da Defesa Civil municipal, integrantes da Rede Municipal de Servidores, Voluntários e Amigos da Comunidade (Rede SVAC), bombeiros militares e representantes do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense (Cisbaf).
“Nosso objetivo é trabalhar cada vez mais para melhorar os serviços de saúde de Caxias. A expectativa é que o número de atendimentos triplique no balanço final de 2014. Temos diariamente circulando pela cidade 10 ambulâncias, sendo oito básicas e duas avançadas, que conta com médicos na unidade móvel”, disse o subsecretário municipal de Saúde, Silvio Costa, que homenageou com placas comemorativas o diretor de divisão de viaturas, Frederico Miranda, a coordenadora municipal do Departamento de Atenção à Saúde, Sandra Fernandes, e a enfermeira Rita de Azevedo. Também foi homenageado o coordenador municipal do SAMU, Diego Vieira Mendes.

►DIABETES PODE MATAR
Comemorado nesta sexta-feira (14), o Dia Mundial do Diabetes mobilizou a secretaria de Saúde de Duque de Caxias a realizar eventos nas unidades do município visando alertar sobre a importância de prevenir a doença que já atinge cerca de 14 milhões de pessoas no país, sendo que 1/3 delas desconhece o quadro médico positivo. O ponto de partida da campanha, que tem como tema “Vida Saudável e Diabetes”, foi dado na sede do órgão em Jardim Primavera.
Segundo a coordenadora do Programa de Diabetes da secretaria municipal de Saúde, Luciane Mendes, a ideia para esse ano foi levar os serviços de verificação de pressão arterial, teste de glicemia e avaliação nutricional aos funcionários da prefeitura e de empresas ao redor, além da comunidade que reside próximo. “Queremos chamar a atenção para uma doença que está se tornando uma epidemia e para forma mais eficiente de se evitar, que é através da prevenção. Por isso, além de todos os serviços, também oferecemos palestras e orientações”, explicou Luciane.
Funcionária do departamento de Recursos Humanos da secretaria municipal de Saúde, Francisca Ribeiro, de 64 anos, tem um motivo a mais para apoiar essas ações de combate ao diabetes. “Há mais ou menos quatro anos descobri que tinha diabetes em um desses teste, por isso acho muito importante essas ações. Sempre recomendo as pessoas que o façam. Com a saúde não pode se brincar”, lembrou.
Segundo a coordenadora do Programa de Diabetes de Duque de Caxias, Luciane Mendes, o município tem aproximadamente 27 mil casos detectados e que estão sendo acompanhados, sendo 90% do tipo 2, que atinge adultos e tem como principais causas a hereditariedade e obesidade. O tipo 1 corresponde a 5% dos casos e atinge crianças e jovens.
O diabetes não tem cura, mas pode ser controlada pelas pessoas através da mudança de hábitos cotidianos, como alimentação e atividades físicas. (Fotos: Ralff Santos)

►UM PEDAÇO DA ÁFRICA EM CAXIAS
O Dia Nacional da Consciência Negra será comemorado no dia 20 de novembro. Por conta disso, a secretaria municipal de Cultura e Turismo está promovendo a exposição “Kumbukumbu: África, memória e patrimônio”, na Biblioteca Municipal Governador Leonel de Moura Brizola, no Centro.  Kumbukumbu é uma palavra da língua swahili usada para objetos, pessoas ou acontecimentos que nos fazem pensar sobre o passado. Kumbukumbu nos alerta sobre a dimensão do passado que abre um caminho para o futuro por isso é usada nos museus para destacar a ideia de memória e o patrimônio. O swahili é uma língua amplamente falada na África oriental e sul que resulta de uma mistura do árabe, línguas estrangeiras e nativas. Por sua flexibilidade tornou-se a principal língua de interação dos povos no interior do continente africano. Pode ser traduzida para patrimônio e memória.
A mostra permanente apresenta 185 objetos do acervo de 700 peças pertencentes ao Museu Nacional/UFRJ, trazidas de diferentes partes do continente africano, entre 1810 e 1940, e acrescida de outros que pertenceram ou foram produzidos por africanos ou seus descendentes diretos no Brasil, entre 1880 e 1950. A visitação poderá ser feita durante todo o mês de novembro de 9h às 17h, de segunda à sexta-feira.
“Esta exposição do Museu Nacional é extremamente concorrida. Conseguimos trazê-la para Duque de Caxias, antes que ela fosse para Londres. Nossa ideia era deixa-la aqui somente no mês de outubro, mas resolvemos estender para novembro devido à importância do mês e de toda a influência negra na cultura brasileira. Tivemos que inclusive renovar o seguro da exposição devido a sua grande importância. No primeiro mês tivemos mais de 1.500 presenças entre adultos e alunos das redes municipal, estadual e privada”, destacou o diretor da Biblioteca Municipal, Antônio Carlos de Oliveira. Vale ressaltar que a Baixada Fluminense tem uma forte ligação com a África constituída por muitos afrodescendentes.
Os visitantes poderão contemplar, ainda, parte da coleção da antropóloga Heloisa Alberto Torres (1895-1977), diretora do Museu Nacional entre 1940 e 1950, com objetos adquiridos nas principais casas de candomblé do recôncavo baiano. O destaque desta coleção são os alaka, tecidos africanos feitos em tear e trazidos da costa ocidental para o Brasil. O Museu Nacional preserva uma variada coleção de objetos que guardam as antigas técnicas de metalurgia e o conhecimento da arte da escultura em madeira, exemplos materiais das práticas religiosas dessa última geração de africanos e de seus descendentes diretos. Outro destaque é a coleção de orixás esculpidos em madeira, obra do artista popular Afonso de Santa Isabel.
KUMBUKUMBU
Kumbukumbu é uma palavra da língua swahili usada para objetos, pessoas ou acontecimentos que nos fazem pensar sobre o passado. Kumbukumbu nos alerta sobre a dimensão do passado que abre um caminho para o futuro por isso é usada nos museus para destacar a ideia de memória e o patrimônio. O swahili é uma língua amplamente falada na África oriental e sul que resulta de uma mistura do árabe, línguas estrangeiras e nativas. Por sua flexibilidade tornou-se a principal língua de interação dos povos no interior do continente africano. Pode ser traduzida para patrimônio e memória.
O evento é uma iniciativa das secretarias municipais de Cultura, Turismo e Educação, em parceria com o Museu Nacional/UFRJ, Museu Vivo São Bento, Fundação Educacional Duque de Caxias (Feuduc), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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