segunda-feira, 24 de novembro de 2014

LAVA JATO PODE CHEGAR ATÉ
ÀS OBRAS NOS AEROPORTOS
 Altos funcionários da Infraero estão na expectativa de que a nova operação Lava Jato,da Polícia Federal, que levou para a cadeia os donos e executivos de empreiteiras, possa afetar diretamente as obras e operações de grandes aeroportos concedidos. O ‘Clube’ que pagava propina a parlamentares e diretores da Petrobras assumiu pelo menos seis aeroportos nos leilões.
A UTC teve problemas com o Ministério do
Trabalho nas obras de Viracopos
A bombástica revelação foi feita esta semana pelo jornalista Leandro Mazzini, em seu blog Coluna da Esplanada, acrescentando que “as empreiteiras tiveram vultosos empréstimos do BNDES a juros subsidiados. E há suspeitas, já em investigação, de que essas verbas públicas podem ter abastecido a quadrilha presa até há poucos meses.”
Para o sempre bem informado Mazzini, uma radiografia das atuais administradoras dos aeroportos leva aos nomes das empreiteiras cujos executivos foram alvos da PF.
De acordo com Mazzini, a OAS opera o aeroporto de Cumbica (Guarulhos), o maior deles. A UTC ganhou o leilão por Viracopos (Campinas). A Engevix, braço dos argentinos da Inframérica, atua em São Gonçalo do Amarante (RN), considerado o novo aeroporto de Natal, e no JK, de Brasília. A Odebrecht cuida do Galeão (Rio) e a Andrade Gutierrez, de Confins (Belo Horizonte).
A campanha pela privatização dos aeroportos lucrativos no Brasil foi capitaneada pela estatal alemã Fraport, em parceria com a construtora Queiroz Galvão, que teve sócios presos.
Até hoje os empregados da Infraero entendem que a decisão sobre as privatizações dos aeroportos não teve uma base técnica nem econômica e nem operacional.

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