domingo, 14 de setembro de 2014

EX DIRETOR DA PETROBRÁS
DELATA O VICE DE PEZÃO 
Além do ex governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, outros nomes vieram à tona neste fim de semana, com novas revelações sobre o esquema de desvio da Petrobrás, que o candidato à Presidência da República do PSDB, Aécio Neves, chamou de “Petrolão”, numa referência ao Mensalão do PT, que mandou para cadeia as principais lideranças do partido, a começar pelo ex chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu, e o próprio presidente do partido, José Genoíno.
Na edição deste fim de semana, a revista “Istoé” vai mais longe e revela que também foram delatados por Paulo Roberto Costa o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o governador do Ceará Cid Gomes, e os senadores Delcídio Amaral (PT-MS, candidato a governador de Mato Grosso do Sul, e Francisco Dornelles (PP-RJ), parente de Aécio Neves e vice na chapa do governador Luiz Fernando Pezão. Na semana passada, as investigações avançaram sobre o rastreamento do dinheiro desviado. Os levantamentos preliminares já confirmaram que boa parte da lista de parlamentares e chefes de governos estaduais contemplada, segundo o delator, pelo propinoduto da Petrobras, tem conexão direta com as empresas envolvidas no esquema da estatal.
Ainda segundo “Istoé”, no fim de agosto deste ano, um cheque de R$ 3,3 milhões da Camargo Corrêa irrigou o caixa controlado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, cujo filho é candidato a governador de Alagoas. Para que os recursos não saíssem diretamente para a campanha do filho do presidente do Senado, o dinheiro foi pulverizado em campanhas de deputados estaduais de diferentes partidos que compõem a coligação formada em torno de Renan Filho. Partidos como PDT, PT, PCdoB e PROS dividiram os recursos.
O senador reagiu indignado ao vazamento do acordo de delação e negou proximidade com a diretoria da Petrobras. “As relações nunca ultrapassaram os limites institucionais”, afirma o parlamentar alagoano.
O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) afirmou neste sábado, 13, ao Broadcast,serviço de informações em tempo real da Agência Estado, que está "tranquilíssimo" em relação à citação de seu nome no recebimento de doação de empresas envolvidas no esquema de pagamento de propina da Petrobras.
O senador afirmou que todas as doações feitas por empresas à campanha do partido (PP) estão registradas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). "As empresas registradas são empresas que fazem doações para nós desde 1986, são pessoas que temos relacionamento", disse por telefone, de Itatiaia (RJ), onde faz campanha à reeleição. Segundo o parlamentar, nem ele e nem o partido precisam ou precisaram da intermediação de Paulo Roberto Costa para receber doações. "Nunca precisamos", afirmou. Questionado sobre como se sentiu ao ver seu nome citado na edição da revista neste final de semana, Dornelles disse: "estou tranquilíssimo".
Ainda segundo a Agência Estado, o governador do Ceará, Cid Gomes, por meio de sua assessoria de imprensa, disse não conhecer nem nunca ter ouvido falar em Paulo Roberto Costa e que, em nenhum momento, foi negociada a construção de uma minirrefinaria no Estado. 

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