terça-feira, 26 de agosto de 2014

COM QUASE R$ 10 MILHÕES DE DÍVIDA
FEUDUC ESPERA AJUDA DO GOVERNO 
Com um passivo trabalhista de cerca de R$ 5 milhões (a dívida total chega perto dos R$ 10 milhões), as contas e os bens bloqueados pela Justiça do Trabalho e sob risco de perder parte da área que ganhou do INCRA, em São Bento, no segundo distrito de Duque de Caxias, a FEUDUC – Fundação Educacional Universidade de Duque de Caxias – primeira instituição de ensino universitário do Estado do Rio a instituir um curso de formação de professores em História da Baixada Fluminense, professores e alunos vivem há cerca de 10 anos a expectativa de firmar uma parceria com a Prefeitura para equacionar a sua situação financeira e participar do projeto de ensino profissionalizante, a nível de terceiro Grau, proposto pelo prefeito Alexandre Cardoso.
O primeiro passo foi dado na última quinta-feira (21), quando a direção da instituição participou de uma audiência na Coordenadoria de apoio à Efetividade Processual (CAEP), órgão do Tribunal Regional do Trabalho, presidida pelo juiz auxiliar de conciliação Francisco Montenegro Neto e que contou com a presença do Diretor do Departamento da Procuradoria Administrativa da prefeitura de Duque de Caxias, Wagner de Jesus Soares.  O acordo firmado entre a Feuduc e a Justiça do Trabalho, com a interveniência do município, prevê o repasse de cerca de R$ 1 milhão por parte da prefeitura, valor este referente ao pagamento de alugueis atrasados há mais de 10 anos, de espaço e instalações para o funcionamento da Escola Municipal Paulo Roberto Moraes Loureiro em suas dependências, bem como as bolsas de estudos concedidas pelo município nesse período. O valor, como prevê o acordo, será utilizado para quitação de parte dos créditos trabalhistas em cerca de 150 processos. Com a assinatura desse acordo, foram suspensas a execução das sentenças condenatórias, bem como as ordens de bloqueio ou sequestro de bens decorrentes desse passivo trabalhista, inclusive o leilão de parte da área da Feuduc.
Segundo Milton Trajano de Oliveira, diretor jurídico da Feuduc, uma nova audiência será realizada no dia 3 de outubro, quando o município apresentará um laudo de avaliação do imóvel ocupado pela escola municipal, o valor real da dívida com a Feuduc e novo contrato de aluguel.
O segundo passo para a parceria com o município será dado nesta quinta-feira (28), quando o prefeito Alexandre Cardoso participará de uma reunião com a direção da Feuduc para discutir projetos que possam ser desenvolvidos em parceria e que permita à Feuduc recuperar o seu fôlego econômico-financeiro, despois das desastradas administrações da instituição criada pelo prefeito Moacyr do Carmo em 1968, com a ajuda de seus principais auxiliares, como o então vice-prefeito Ruyter Poubel, o médico Ricardo de Azeredo Viana e o então deputado Silvério do Espírito Santo.

A luta para retirar a Feuduc do buraco, onde foi abandonada pelas administrações que assumiram o comando da instituição depois da morte do Dr. Moacyr do Carmo, vem desde 2004, quando o então prefeito Washington Reis propôs a sua municipalização, o que foi recusado por alunos e professor. A partir daí, começaram as perseguições ao Centro Acadêmico e a demissão de professores, alguns com mais de 10 anos de dedicação à Feuduc e à sua História.

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