SENADOR GAÚCHO DEFENDE O
FIM DO VOTO OBRIGATÓRIO
Ao
defender o fim do voto obrigatório no país, o senador Paulo Paim (PT-RS),
lembrou em Plenário nesta sexta-feira (18), que a maioria dos países
democráticos do mundo não obrigam os eleitores a irem à urnas e nem por isso
têm suas democracias fragilizadas. Paim afirmou que o voto é direito do cidadão
e não dever. Portanto, compete aos políticos e partidos a apresentarem
argumentos que façam o eleitor querer participar ativamente do processo
eleitoral.
“Penso
que está na hora de acabar com a ilusão de que o voto obrigatório gere cidadãos
politicamente evoluídos. É uma falácia. O caminho para isso é a educação formal
de qualidade. Uma massa de eleitores desinformados que vende o voto porque é
obrigado a votar diminui a legitimidade do sistema - argumentou o senador, para
quem o simples fato de não comparecer às urnas é uma forma de o eleitor se
expressar.
O
parlamentar apresentou números de pesquisas segundo Aas quais os brasileiros não
querem mais a obrigatoriedade do voto.
-
Compete aos partidos, aos políticos ganharem a população para que vá votar, mas
votar em programas, em consciência, em ideias. A decisão de votar deve ser do
eleitor. E tanto mais ele se engajará quanto mais acirrada for a disputa e
quanto mais ele perceber que o resultado vai influenciar na sua vida negativa
ou positivamente - argumentou.
Paim
também defendeu o financiamento público de campanhas eleitorais e a permissão
para candidaturas avulsas.
O
parlamentar aproveitou para fazer um apelo à presidente Dilma Rousseff para que
sancione o quanto anos o PL 3.338/2008, que reduz a carga horária de psicólogos para
30 horas semanais. Ele lembrou que a diminuição da jornada é uma tendência
mundial:
– Eu mesmo sou autor de uma PEC [Proposta de Emenda
à Constituição] que reduz a carga das atuais 44 horas para 40 para todos os
trabalhadores. Se isso for feito, mais de 3 milhões de empregos serão gerados,
sem falar que uma jornada menos exaustiva vai aumentar a produtividade e reduzir
os acidentes do trabalho – disse. (Agência Senado)
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